18/07/2016 15h00 - Atualizado em 29/12/2016 16h05

Jovens do Ocupação Social vão aprender a ser empresários

“Comecei a vender bolo no pote depois que o instrutor de aula de informática disse que eu poderia ganhar dinheiro fazendo o que eu gostava”. Foi assim que a jovem Caroliny Moreira, 20 anos, teve a ideia de abrir o próprio negócio e a buscas mais qualificação. Ela mal terminou o curso de operador de computador, oferecido pelo Senai-ES aos moradores de Nova Rosa da Penha, Cariacica, e já vai começar outro, agora com a ajuda do Sebrae.

Caroliny é uma das alunas matriculadas para o Comunidade Empreendedora, projeto que vai ajudar os moradores dos bairros envolvidos no Programa Ocupação Social a identificar o que é preciso para abrir o seu próprio negócio. “Agora eu não consigo parar de fazer bolo. A demanda só cresce. O curso veio na hora certa”, disse Caroliny, que vende cada pote a R$ 5.

Assim como ela, tantos outros alunos das cinco turmas que concluíram os estudos nos cursos de qualificação profissional já garantiram uma vaga nas aulas de empreendedorismo. São duas turmas abertas pelo Sebrae, para atender às comunidades de Nova Rosa da Penha e Nova Esperança, bairros vizinhos em Cariacica e que fazem parte do Ocupação Social.

“Quando terminamos a primeira leva de entrevistas que realizamos nos bairros, ouvindo os jovens que vivem nessas regiões e que estão fora da escola, vimos que a grande maioria deles quer voltar a estudar, quer aprender uma profissão e quer ser dono do próprio negócio. Por isso pensamos em cursos de qualificação, e o Senai-ES foi um grande parceiro e abraçou a causa; e de uma formação rápida em empreendedorismo, que o Sebrae logo aceitou, criando uma metodologia que consegue chegar às comunidades de forma mais acessível”, salientou a secretária de Estado de Ações Estratégicas, Gabriela Lacerda.

Parceria

O Sebrae vai ofertar o Comunidade Empreendedora nos bairros do Ocupação Social. As aulas serão realizadas após a conclusão dos cursos que o Senai-ES vai realizar, ainda este ano. “Dessa forma, o aluno tem a possibilidade de buscar um trabalho no mercado, nas vagas que surgirem; de abrir uma pequena empresa ou de ser um Microempreendedor Individual (MEI), prestador de serviços para a própria comunidade em que mora”, explicou a secretária.

As aulas acontecem em locais oferecidos pela comunidade. As de Nova Rosa da Penha, com uma turma de tarde e outra de noite, será na EEEFM Teotônio Brandão Vilela. As turmas são o projeto piloto do Comunidade Empreendedora.

Durante a primeira semana, os alunos recebem aulas de apresentação sobre o empreendedorismo, para que todos saibam mais sobre o assunto e tenham maior conhecimento teórico. Na semana seguinte, eles participam de palestras que explicam melhor sobre os procedimentos legais para abrir uma empresa ou se transformar num Microempreendedor Individual (MEI); ainda aprendem sobre linhas de créditos e financiamento, estratégicas de marketing e divulgação.

Por último, todos participam de uma oficina que orientam os alunos na construção de uma proposta de negócio. As melhores ideias são indicadas a participar de uma outra etapa: as Viradas da Comunidade.

“Nas viradas, os alunos vão receber mais orientações sobre como eles podem melhorar essa ideia de empresa que tiveram. No final são convidados a apresentar a proposta para um grupo de jurados. O dono da ideia vencedora recebe, como prêmio, uma bolsa integral para fazer o curso do Empretec, do Sebrae. Será uma bolsa por bairro”, adiantou Gabriela Lacerda.

Ocupação Social

O Ocupação Social está em 25 bairros de nove municípios do Estado, com ações em Vila Velha, Cariacica, Serra, Vitória, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, São Mateus, Linhares e Pinheiros. As áreas atendidas são as que concentram, historicamente, o maior número de homicídios, além de serem áreas de alta vulnerabilidade social.

Entre os objetivos do programa estão a redução da taxa de homicídios entre jovens de 15 a 24 anos, a diminuição da evasão escolar e a ampliação do percentual de jovens estudando e/ou trabalhando.

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