24/01/2020 17h37

Seminário discute enfrentamento à intolerância religiosa

A Secretaria de Direitos Humanos (SEDH), por meio da Gerência de Igualdade Racial (Gepir), realizou nessa quinta-feira (23), no auditório do Palácio da Fonte Grande, no Centro de Vitória, o Seminário Estadual de Combate à Intolerância Religiosa.

A mesa de abertura do evento, que fez parte da programação da Semana Estadual de Combate à Intolerância Religiosa, foi formada pela secretária de Estado de Direitos Humanos, Nara Borgo; pela professora da Universidade Federal do Espírito Santo, Cleyde Amorim; representante do movimento Juventude de Terreiro do Espírito Santo, Luiz Augusto; representante da deputada estadual Iriny Lopes: Marilene Aparecida Pereira; gestora de Políticas para a População Negra da Prefeitura de Vitória, Silvana Santus.

Em sua fala inicial, Nara Borgo destacou a importância da realização da Semana Estadual de Combate à Intolerância Religiosa e de debater sobre o tema. “A programação foi elaborada por várias mãos, e ficamos muito felizes em contar com a participação dos municípios. Mas a gente sonha ainda mais alto. Nas próximas edições, queremos conseguir dialogar com o interior do Estado, por exemplo, pois entendemos a importância do diálogo”, ressaltou a secretária Nara Borgo.

Ela destacou também sobre a importância de reunir os mais diversos povos, “com o intuito de dizer que a luta é sempre pelo respeito, pela tolerância e diálogo”. “Nós, da Secretaria de Direitos Humanos, e em especial a Gepir, estamos à disposição para esta construção em conjunto, para que possamos avançar no que diz respeito ao enfrentamento à intolerância religiosa”, acrescentou.  

A gestora de Políticas para População Negra de Vitória, Silvana Santus, destacou a satisfação de participar do evento. “É gratificante participar deste momento, que foi pensado junto e construído em parceria. Quando falamos de intolerância, falamos de algo que acontece em todo o Estado. Temos que pensar na educação de base, entendendo que enquanto não enfrentarmos a intolerância, ela permanecerá. É que importante que estejamos aqui neste processo para avançarmos no discurso e desenvolver ações que vão garantir mudanças, entendendo a diversidade como a base de construção de uma sociedade”, ponderou a gestora da Gepir.

Luiz Augusto, que é representante do movimento Juventude de Terreiro do Espírito Santo, também compôs a mesa de abertura. “Este é um momento importante para as comunidades tradicionais de matriz africana. Estar nesse espaço como juventude é importante porque acreditamos que só conseguimos mudanças na política pública a partir do momento que ocupamos os espaços de debate e de decisão. Para além do diálogo, é essencial que saiam daqui encaminhamentos a fim de diminuir o racismo religioso no Brasil. Muita coisa já foi conquistada por nosso povo, mas muita coisa ainda precisa ser colocada em pauta. Junto com o poder público, vamos garantir que mais avanços sejam implementados em defesa dos nossos direitos e da nossa liberdade”, destacou.

A deputada Iriny Lopes foi representada por Marilene Aparecida Pereira, que também falou da importância de debater esta temática. “Em 2019, fizemos reuniões com a pauta da intolerância e dos problemas causados por ela. Estamos abertos para que possamos contribuir com outras religiões e ampliar o diálogo em relação às de matriz africana”, afirmou.

O Seminário contou ainda com quatro palestras sobre o tema: “Intolerância Religiosa: causas, efeitos, enfrentamento e combate”, ministrada pelo gerente de promoção da igualdade racial de Cariacica, Pai Sandro; “Religião, política e racismo”, com a palestrante Mãe Iara, do Terreiro de Umbanda de Vila Velha; “O protestantismo e a intolerância religiosa” com o pastor Batista, Kenner Terra; e “Os desafios da mulher nos espaços de Terreiro”, ministrada por Danúsia Brício, do Terreiro de Candomblé Ile Axé Oya Guere Azan, de Areinha, Viana.

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