17/02/2016 10h00 - Atualizado em 29/12/2016 14h23

Pesquisa de campo em bairros de Colatina para o Ocupação Social

Dois bairros de Colatina vão receber pesquisa de campo para a implantação do Projeto Estruturante Ocupação Social. O estudo, uma parceria a ser desenvolvida entre o Governo do Espírito Santo, a Prefeitura de Colatina e os moradores dessas áreas deve começar nos próximos meses.

“Assim como realizamos a pesquisa nos 17 bairros da Grande Vitória, desde novembro do ano passado, queremos começar os trabalhos nas áreas do Ocupação Social que estão no interior do Estado. Vamos atuar em Linhares, São Mateus, Colatina, Cachoeiro de Itapemirim e Pinheiros”, diz Martinelli.

Pesquisa

Durante a pesquisa serão levantadas as características sociais do bairro, assim como georreferenciados os pontos de interesse, a exemplo dos equipamentos públicos (escolas, unidades de saúde, postos policiais), do comércio local e de áreas de lazer. “Tudo é mapeado, exceto residências. Queremos um diagnóstico territorial completo”, explica o secretário de Estado.

Enquanto percorrem as ruas, os bolsistas, contratados pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes) e a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), vão entrevistar moradores adultos, nessa primeira etapa dos trabalhos. Para, em seguida, conversar com crianças, adolescentes e jovens (de 10 a 24 anos) que moram nos bairros e estão fora da escola.

Aprendizado

Os dados reunidos pelos bolsistas serão fundamentais para que seja feito um diagnóstico dos bairros, conhecendo mais das características de cada um e, principalmente, entendendo melhor o que querem os jovens moradores dessas localidades. “São os jovens de 15 a 24 anos que representam quase 40% dos homicídios do Estado, e o Ocupação Social tem como principal objetivo mudar essa realidade, levando oportunidades e abrindo novas portas", frisa Martinelli.

A previsão é de concluir as pesquisas em três meses, até o final do primeiro semestre deste ano. Os bolsistas serão divididos em grupos formados por, no mínimo quatro pesquisadores. E as comunidades são envolvidas em todo o processo, com as associações de moradores reconhecidas pelas prefeituras como principal articulador e mobilizador dos candidatos que poderão se inscrever na seleção.

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