Ocupação Social vai começar por São Torquato
Oito municípios do Estado serão atendidos com políticas do Ocupação Social. A implantação será gradativa, começando com o projeto piloto nos próximos meses, pelo bairro São Torquato, em Vila Velha. “Vamos oferecer um guarda-chuva de projetos e ações para levar oportunidades e melhorias à população desses bairros, especialmente às crianças, aos adolescentes e aos jovens, com 10 a 24 anos de idade”, frisa o secretário de Estado Extraordinário de Ações Estratégicas, Evaldo França Martinelli.
As áreas escolhidas concentram o maior número de homicídios nos últimos anos, sendo que parte do público a ser atendido pelos projetos, com idade entre 15 e 24 anos, representa mais de 40% dos homicídios do Estado, e apenas 9% da população total.
“Esses dados reforçam a necessidade de atender a um grupo que, hoje, sofre de invisibilidade social. Apesar de sabermos quem são e, até mesmo, onde estão, nada que é oferecido pelos poderes públicos nem pelas instituições sociais chega até eles. A maioria não trabalha nem estuda. Estão invisíveis, e nós precisamos enxergá-los”, afirma o secretário.
A implantação do Ocupação Social vai começar pelo município de Vila Velha e, aos poucos, alcançar as cidades de Serra, Cariacica, Vitória, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, São Mateus e Linhares. Os projetos vão atuar com geração de renda e empreendedorismo, educação, lazer e cultura, esporte, saúde, tecnologia, prevenção social e com melhorias urbanas.
“Queremos mudar a realidade dessas regiões e priorizar o cidadão, oferecendo oportunidades e usando de recursos locais para envolver ao máximo as comunidades. O Ocupação Social precisa da parceria dos poderes públicos, da iniciativa privada, das instituições sociais e, principalmente, da população”, frisa Evaldo Martinelli.
O Ocupação Social tem como principais objetivos reduzir o índice de homicídios de jovens no Espírito Santo, aumentar a renda desse público e garantir oportunidades a quem mais precisa, com as atividades desenvolvidas em parceria entre poderes públicos, empresários, igrejas, instituições sociais e demais entidades representativas, e com os moradores das comunidades envolvidos em todo o processo.
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