18/12/2020 18h03

SEDH realiza painel virtual com tema ‘Negritude e Diversidade’

A Secretaria de Direitos Humanos (SEDH), por meio da Gerência de Diversidade Sexual e Gênero, realizou, nessa terça-feira (15), o painel virtual “Negritude e Diversidade: Nós, LGBTI+ negres, existimos”. O evento integrou a programação da XII Semana Estadual de Direitos Humanos, que tem como tema “Direitos Humanos na luta por uma sociedade antirracista”.

O painel virtual contou com a participação do membro do Instituto Brasileiro de Transmasculinidades do Espírito Santo (Ibrates) e do Conselho Estadual LGBT+, Carlos Eduardo Medeiros de Melo; da militante pelas políticas de equidade para mulheres negras Thaís Souto Amorim, gestora do Museu Capixaba do Negro (Mucane) Verônica da Pas; e do artista visual Geovanni Lima.

Em sua fala, Thais Souto Amorim destacou a importância de se debater o racismo atrelado às questões LGBT+: “Nossas vivências precisam ser contadas por nós, levando em conta nossas subjetividades enquanto população LGBT+ e negra, nos deslocando dos lugares que o racismo tenta nos colocar todos os dias. Nossa luta é coletiva, é por ser, por existir, seguindo os passos que vêm de longe”, disse a ativista.

Carlos Eduardo de Melo abordou que o processo de transição de gênero de pessoas negras é, muitas vezes, cruel. “Pode ser necessário lidar com o preconceito e a discriminação, por meio de violências física, institucional, verbal, psicológica, moral, entre outras. Fora o fato de ainda precisarem lidar com a incompreensão quanto à afirmação de gênero, o estigma, a exclusão da instituição familiar e o racismo. Isso tudo se dá pelo fato de que nossa cultura é construída em cima de uma visão eurocêntrica, que ignora outros tipos de ser e existir. Esses fatores são os responsáveis por essas pessoas estarem sempre à margem da sociedade, não terem seus direitos reconhecidos e serem assassinadas brutalmente, sendo esses os crimes de transfobia e intolerância racial”, comentou o membro do Ibrates.

O artista visual Geovanni Lima, que também é servidor da Secretaria de Direitos Humanos, destacou que a programação da XII Semana Estadual de Direitos Humanos, que foi elaborada a partir de um recorte racial, fortalece a existência da pessoa negra “além de demarcar a necessidade de uma escuta qualificada de nossas demandas”. “É importante ter espaços onde a gente possa discutir nossa existência, subjetividade e as questões que nos perpassam como cidadãs e cidadãos LGBTI+ e negres”, disse.

A SEDH preparou uma agenda especial para a XII Semana Estadual de Direitos Humanos, que teve início no último dia 04 de dezembro e terminou nesta sexta-feira (18), com a realização de 31 eventos.

 

Informações à Imprensa:

Assessoria de Comunicação da SEDH
Juliana Borges
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