14/12/2021 16h51

Painel Virtual da SEDH e Sedu tem como tema ‘Construção de cidadania nas escolas por meio do diálogo com as crianças’

As secretarias de Direitos Humanos (SEDH) e da Educação (Sedu) promoveram o Painel Virtual “Construção de cidadania nas escolas por meio do diálogo com as crianças”, na última quarta-feira (08), no canal Sedu Digital no YouTube. A convidada para a exposição foi a professora e pesquisadora Maria Celeste Rocha e a atividade integrou a programação dos “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”.

Proposta pela Subsecretaria de Políticas para as Mulheres da Secretaria de Direitos Humanos, em parceria com a Coordenação do Pacto Pela Aprendizagem no Espírito Santo (Copaes), a palestra foi destinada às comunidades docentes estadual e municipal. A subsecretária de Estado de Políticas para as Mulheres, da Secretaria de Direitos Humanos, Juliane Barroso, fez a abertura.

“É importante demarcarmos a importância dos ‘16 Dias de Ativismo’, época em que discutimos os sistemas que estruturam essa violência. Ainda vivemos em uma sociedade patriarcal, racista e com uma desigualdade econômica muito proeminente. Então, toda essa estrutura contribui para a expressão dessa violência que atinge as mulheres. Enquanto Governo, converter essa dor em políticas públicas que vão na direção de afirmar os direitos das mulheres, não é fácil, mas seguimos neste enfrentamento e na busca por uma sociedade mais igualitária e mais segura para nós, mulheres”, disse Juliane Barroso.

O coordenador Paes na Secretaria da Educação, Saulo Andreon, explicou que a temática da atividade é uma abordagem atual, pertinente, necessária, urgente e contínua. “Não tenho dúvidas de que essa iniciativa da Secretaria de Direitos Humanos, que envolve a Secretaria da Educação, se reflete na importância do papel da escola nesse processo de construção de valores. Os valores que estabelecemos na memória de uma criança a acompanham ao longo de sua jornada”, pontuou.

Ele ressaltou ainda que esse tipo de debate deve fazer parte da rotina escolar e ao longo da Educação Básica. “Eventos como esse são importantes porque nos capacitam e nos melhoram enquanto pessoas e profissionais, e para que possamos levar ao ambiente escolar o entendimento de que é preciso respeitar e aceitar as diferenças. É preciso levar nossas crianças a compreender que há igualdade mesmo nas diferenças”, acrescentou Andreon.

A professora e pesquisadora Maria Celeste Rocha apresentou uma palestra com base na temática da “Construção de cidadania nas escolas por meio do diálogo com as crianças”. “É importante entender que nos casos de violência doméstica, não somente as mulheres acabam sendo as vítimas. As crianças, meninas e meninos destes lares, acabam se tornando vítimas também daquela situação”, comentou.  

A pesquisadora frisou também que a violência precisa ser entendida, a partir de um sentido amplo, e, no caso da violência contra as mulheres, é preciso considerar todas as formas em que incide: física, moral, psicológica e simbólica. “Além disso, é preciso frisar que a própria desigualdade de acesso a alguns direitos que vivenciamos, nas relações entre homens e mulheres, já é um espaço para que a violência aconteça, porque já se cria uma relação de poder”, explicou Maria Celeste Rocha.

Ela dividiu a palestra em três eixos: uma breve contextualização do que se entende por violência contra as mulheres e como esse tema se articula nos contextos educativos; o porquê de incluir crianças tão pequenas em um bate-papo nessa temática; e propostas de como se abordar o assunto no ambiente escolar.

É possível assistir à palestra pelo link: https://youtu.be/1edXbugizSQ

“16 Dias de Ativismo”

A campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres” é uma mobilização anual praticada simultaneamente por diversos atores da sociedade civil e dos poderes públicos. Desde a primeira edição, em 1991, já conquistou a adesão de cerca de 160 países.

Mundialmente, o movimento tem início no dia 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, e se estendeu até o dia 10 de dezembro, quando é celebrado o Dia Internacional dos Direitos Humanos. No Espírito Santo, a mobilização anual reúne diversos setores públicos e organizações no enfrentamento da violência.

 

Informações à Imprensa:
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