13/06/2023 11h23 - Atualizado em 13/06/2023 11h26

Fapes promove bate-papo sobre LGBTFobia com os servidores

Com o objetivo de conscientizar os servidores, estagiários e terceirizados que atuam na Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) sobre os direitos das pessoas LGBTQIA+, a Comissão Interna de Diversidade da Fapes promoveu um bate-papo sobre o tema. A palestra aconteceu presencialmente no auditório da Fundação e foi transmitida virtualmente para os servidores que estão em teletrabalho.

Marina Barnabé foi convidada pela Comissão Interna de Diversidade da Fapes para realizar o bate-papo. Ela é mestre em Psicologia pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), preside a Comissão de Diversidade Sexual e Gênero do Conselho Regional de Psicologia e é psicóloga da Gerência de Políticas de Diversidade Sexual e Gênero (GEPLGBT) na Secretaria de Direitos Humanos (SEDH),

Para a psicóloga, a iniciativa da Fundação em realizar a palestra no mês em que é comemorado o orgulho LGBTQIA+ é fundamental no ambiente profissional para o processo de transformação da sociedade.

“Não existe nenhum processo de transformação e até mesmo de reparação histórica sem a gente pensar em termos organizacionais, sem pensar em termos de equipe e profissionalismo, sem uma dedicação. Há várias formas de investimento. Investimento pessoal, financeiro, entre tantos outros. Em tempo, temos que entender isso como um enfrentamento social que atravessa todo mundo e está ligado à própria responsabilidade e função da Fapes, mas também ligado aos trabalhadores que precisam de dignidade e qualidade de vida para poder trabalhar e se sentirem pertencentes também na sociedade, porque, normalmente, a população LGBTQIA+ é malvista, excluída e não pertencente. A população LGBTQIA+ não é vista”, declarou Marina Barnabé.

A psicóloga explicou a partir de dados sobre violência contra mulher, contra a mulher lésbica e contra homens gays, além do preconceito existente contra as pessoas que se identificam com a sigla LGBTQIA+. Durante todo o bate-papo os trabalhadores da Fapes interagiram esclarecendo dúvidas e expondo situações vivenciadas.

Para Júlia Parpaiola, que atua como apoio administrativo na Gerência de Capacitação e Formação Científica (Gecap) da Fapes, a roda de conversa foi importante e interessante por introduzir o tema no ambiente de trabalho. “É importante a gente ficar mais por dentro dos assuntos ligados a LGBTQIA+ e a gente conversar entre si, poque sempre temos uma pessoa próxima que participa da comunidade ou que é LGBT e que pode estar passando por dificuldades. E quanto mais a gente conversar e falar sobre o assunto melhor vai ser nossa convivência como ser humano e como sociedade”, disse.

O coordenador do Escritório Local de Processos e Inovação (Elpi) da Fundação, Eduardo Peixoto, também participou da palestra e destacou que as explicações da psicóloga o fizeram refletir sobre a falta de políticas públicas sobre o tema. “A Marina demonstrou dados de estudos recentes e frisou que o tema LGBTQIA+ só começou a ser estudado há pouco tempo. Faltam pesquisas na área para que novos dados sejam gerados e, a partir disso, novas políticas públicas sejam criadas para que as pessoas que fazem parte da comunidade se sintam incluídas e verdadeiramente acolhidas na sociedade. Ainda vivemos uma cultura machista e patriarcal que não deixa espaço para as questões de diversidade”, afirmou Eduardo Peixoto.

Sigla LGBTQUIA+

A sigla é utilizada para se referir à comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros (travestis e transsexuais), queers, intersexos e assexuais, que são diferentes tipos de orientações sexuais e identidades de gênero. O ‘mais’ representa as demais possibilidades de orientações sexuais ou identidades de gênero.

LGBTFobia

É o termo usado para definir todas as formas de violência contra a população LGBTI+, cuja motivação principal é sua identidade de gênero e/ou orientação sexual.

A Comissão Interna de Diversidade da Fapes

Instituída em julho de 2021, a Comissão tem o objetivo de prestar consultoria e apoiar as ações da Fundação no que tange aos direitos fundamentais, às políticas afirmativas e à diversidade, combatendo discriminações por raça/cor, gênero, renda e deficiência.

No primeiro ano de trabalho, a Comissão deu início a ações internas com a primeira versão da pesquisa sobre o conhecimento de diversidade dos colaboradores da Fapes. Em 2022, a Comissão apoiou as ações afirmativas do Edital SEEDES e em 2023 uma nova pesquisa interna sobre o perfil dos trabalhadores da Fundação e conhecimento sobre temas relativos à diversidade.

Desde então, a Comissão traçou um calendário de ações de conscientização de acordo com datas comemorativas relacionadas à diversidade e com o resultado da última pesquisa. “Estamos com ações previstas para todo o ano de 2023 e a cada mês vamos lançar uma edição do Jornal da Diversidade ligado ao tema de uma palestra para que os trabalhadores da Fapes possam aprofundar seus conhecimentos nos tópicos ligados à diversidade”, pontuou Daniel Marchezini, coordenador da Comissão.

Texto: Samantha Nepomuceno 

Informação à Imprensa:
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Samantha Nepomuceno
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