17/09/2021 17h20

Capacitação aborda relação entre suicídio e uso de substâncias psicoativas

A Secretaria de Direitos Humanos (SEDH), por meio da Subsecretaria de Políticas sobre Drogas (SESD), promoveu, nesta sexta-feira (17), a capacitação “Suicídio e o uso de substâncias psicoativas”, no Auditório do Centro de Acolhimento e Ação Integral sobre Drogas (CAAD), no Centro de Vitória. A atividade seguiu todos os protocolos de saúde na prevenção contra o novo Coronavírus (Covid-19).

A capacitação faz parte do calendário de formações sobre drogas, da Subsecretaria de Políticas sobre Drogas, relativo ao ano de 2021. A ação também foi realizada em alusão ao “Setembro Amarelo”, mês de conscientização sobre o suicídio. Ministraram a atividade o médico psiquiatra Rafael Aguilar e a psicanalista Raquel Fabris Moscon.

O subsecretário de Estado de Políticas sobre Drogas, Carlos Lopes, fez a abertura da palestra. “É de grande importância abordarmos essa temática para que tenhamos mais bagagem sobre o assunto. Já acolhemos pessoas que nos disseram que estavam decididas a colocarem fim à própria vida, e aqui, por meio do CAAD, encontraram um novo caminho. E isso é muito gratificante, pois sempre há um caminho”, disse.

A capacitação foi iniciada pelo médico psiquiatra Rafael Aguilar, que apontou alguns dados e pesquisas relacionando o suicídio com o uso de substâncias psicoativas.

“A pessoa que comete o suicídio não quer por um fim à própria vida, ela quer por fim àquele sofrimento pelo qual está passando. Mas antes de chegar nesse último recurso, existem alguns escapes usados pelas pessoas que estão vivenciando problemas psicológicos. Estudos apontam que 40% das pessoas que buscam ajuda para tratar a dependência química já tentaram cometer suicídio. Há também pesquisas que mostram que as pessoas que puseram fim à própria vida usaram álcool antes de cometer o ato, possivelmente para tirar o estresse provocado pela situação”, apontou o médico.

Dando prosseguimento à capacitação, a psicanalista Raquel Fabris Moscon citou o médico Sigmund Freud e falou da dependência química como recurso.

“Entendemos que o uso de drogas e o suicídio são respostas ao sofrimento psíquico. A droga vem como uma solução precária, provisória e ineficiente para lidar com pontos de conflito. Para algumas pessoas, é como um amortecedor de preocupações. O problema é quando o sujeito precisa disso o tempo todo. Nessa tentativa que o ser humano tem de sempre buscar a felicidade, a droga vem como um recurso para diminuir o sofrimento, e quando ela fracassa, a dose é aumentada, e aí surgem outros sofrimentos que a pessoa não consegue lidar. É então que pode vir o suicídio”, explicou a psicanalista.

O seminário foi a uma realização da Secretaria de Direitos Humanos (SEDH), por meio da Subsecretaria de Políticas Sobre Drogas (SESD). O calendário com todas as formações que serão realizadas no ano de 2021 pode ser acessado na página do Observatório Capixaba de Informações Sobre Drogas (OCID): https://ocid.es.gov.br/calendario-de-formacoes.

 
Informações à Imprensa:
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