Socioeducandas participam de simulação de reunião da ONU
Com um turbilhão de ideias e argumentos na ponta das línguas foi assim que 16 socioeducandas discutiram o Papel da Mulher na Política durante uma simulação de reunião da Organização das Nações Unidas (ONU). A atividade aconteceu nessa segunda-feira (15), nas dependências da Unidade Feminina de Internação (UFI), em Cariacica.
Articulada pela Secretaria de Estado de Direitos Humanos (SEDH), por meio da Subsecretaria de Políticas para Juventudes, esta foi a primeira vez que uma Unidade Socioeducativa do Estado do Espírito Santo participou de uma simulação de reunião da ONU.
O subsecretário de Políticas para Juventudes da Secretaria de Direitos Humanos, Jiberlandio Miranda, destacou a importância da atividade com os jovens. “Este é um momento de aprendizagem, conhecimento e oportunidade das jovens exercitarem o seu protagonismo na sociedade”, afirmou.
Já para a gerente da UFI, Mayra Barcelos Amado, ações como essas estimulam o protagonismo político juvenil, e, especialmente de mulheres adolescentes e de transgêneros adolescentes. “Trazer esse debate pra cá causa um impacto muito significativo na vida dessas jovens, pois amplia o olhar sobre o cenário político, sobre a ideia de participação ativa na política e sobre a compreensão dos modos como a política acontece, incentivando-as a fazerem parte deste universo. Além disso, proporciona novas vivências que resultam na melhoria da oratória delas, da capacidade de responder e de compreender o funcionamento da sociedade de uma forma geral. Os reflexos são aqui pra dentro e também para extramuros e essa é a ideia do protagonismo juvenil durante a reintegração delas, ou seja, permitir que elas possam contribuir aqui dentro e lá fora de um modo muito mais positivo”, afirmou.
Para coordenar toda a dinâmica, os voluntários do projeto “Diplomando” estiveram presentes e explicaram as regras da atividade na qual cada uma das socioeducandas representou a diplomacia de uma nação para debater questões globais ligadas à participação da mulher na política e em sua comunidade, além do machismo. Foram representados os países Brasil, Estados Unidos, Índia, Japão, Afeganistão, África do Sul, Reino Unido, Alemanha, México, Rússia, Itália, Argentina, Coréia do Sul e Egito.
Durante a discussão do primeiro tópico foi abordado o tema de enfrentamento à violência e discriminação da mulher. Para isso as jovens discutiram sobre como proteger mulheres de assédio, ataques e desrespeito na política e na comunidade. Já o segundo tópico foi abordado a acessibilidade da mulher aos cargos de liderança e, para isso, as socioeducandas dialogaram e propuseram estratégias de como aumentar a presença de mulheres em decisões importantes, no governo e em projetos da comunidade.
Uma das socioeducandas acredita que a participação da mulher na política é fundamental, pois as mulheres entendem o que de fato é relevante para outras. “É importante que nós mulheres discutamos sobre a nossa participação da mulher na política porque, as vezes os homens não conseguem ter noção do que é importante para nós e o peso que essa influência tem nas nossas vidas, pois somos nós que sentimos na pele. Então, quando a gente tem essa noção do que a gente pode fazer com nosso papel na política tudo muda já que a gente passa a ter uma perspectiva bem melhor, procura saber sobre o candidato antes de votar, aprende como funciona o sistema político enfim, é muito bom”, avaliou.
Outra jovem que participou da simulação destacou a importância de realização de ações como essa. “Participar desses projetos culturais da unidade são importantes porque a gente se sente incluída na política. Fico muito feliz por saber que tem grupos que se importam em trazer essas questões pra gente”, disse.
De acordo com a diretora de Comunicação do Diplomando, Isabela Alves Amaral, o objetivo do projeto é abordar a geopolítica de uma forma mais acessível e descomplicada. “Esta é a primeira vez que estamos trazendo essa dinâmica para uma unidade socioeducativa. Nosso intuito é levar essa dinâmica que acontece em escolas mais privilegiadas para todos”, afirmou.
Fundado em março deste ano pela estudante Isabelly Bertolano, o grupo hoje é composto por 30 jovens estudantes voluntários que percorrem as escolas para falar sobre a geopolítica e assuntos relevantes para a juventude. Neste ano, o Diplomando já foi convidado para atuar em três escolas da Rede Estadual.
Texto: Fernanda Pontes
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