Servidores e servidoras da Secretaria de Direitos Humanos (SEDH) receberam o “batismo” do sinal pessoal em Libras, nesta sexta-feira (11), durante visita do presidente da Associação de Integração dos Surdos de Vitória, Alberto Oliveira Leite. Na oportunidade, a equipe deu mais um passo a caminho da inclusão, além de ser mais um facilitador, já que agora todos os eventos da Pasta contam com tradução em Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Na Cultura Surda, ao ingressar na convivência, todas as pessoas recebem um sinal pessoal em Libras, que deve ser criado por uma pessoa com deficiência auditiva. Assim, sempre que forem apresentadas a um surdo, soletrarão seu nome por meio da datilologia, ou seja, cada letra do seu nome por meio do alfabeto manual e, em seguida, apresentarão o seu “sinal” pessoal.

Quem deu o sinal foi o presidente da Associação de Integração dos Surdos de Vitória (Asurvi), que é surdo. A conversa com os servidores e as servidoras da SEDH se deu por meio de tradução do intérprete de Libras da Secretaria de Direitos Humanos, Mário Lúcio Costa.

A secretária de Estado de Direitos Humanos, Nara Borgo, recebeu o “batismo” e falou da importância deste ato.

“Fiquei muito feliz com a visita e com o meu sinal. Agora, posso me identificar de forma mais prática para a comunidade surda. Temos trabalhado cada vez mais para a inclusão, sobretudo neste ano com a criação da nossa Gerência Estadual de Políticas para as Pessoas com Deficiência e, assim, vamos avançando. Além das articulações junto a outras secretarias e conselho, melhoramos a nossa comunicação, com a participação do intérprete de Libras em nossas Lives e também incluindo a #ParaTodosVerem com a descrição das figuras em nossa rede social”, explicou a secretária Nara Borgo.

O presidente da Associação de Integração dos Surdos de Vitória, Alberto Oliveira Leite, explicou como ele faz para criar o sinal de cada pessoa.

“Têm pessoas que são mais fáceis que outras. Eu observo alguns aspectos, como as características físicas, acessórios que usa, o comportamento, expressões ou se tem algum apelido. Tudo isso pode virar um sinal”, destacou Leite. 

A gerente Estadual de Políticas para as Pessoas com Deficiência da Secretaria de Direitos Humanos, Carline Santos Borges, explicou que a visita foi uma iniciativa do intérprete de Libras, para que todas e todos tenham seu sinal quando forem participar de Lives e outros eventos da Pasta.

“É algo que facilita o trabalho do intérprete, que não vai precisar mais ficar fazendo o sinal de cada letra do nome da pessoa quando for traduzir o nome dela. Também é uma forma de aproximação e apoio à comunidade surda no Governo. Nos sentimentos muito felizes em acolher o Alberto na SEDH e recebê-lo pela primeira vez. Acabou também sendo um momento de descontração para a equipe”, acrescentou a gerente Carline Santos Borges.

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