26/07/2019 09h39

Sedh promove debate sobre a luta da mulher negra por uma sociedade mais justa

A Secretaria de Estado de Direitos Humanos (Sedh) realizou o debate “Por que a mulher negra incomoda tanta gente? ” em alusão ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, comemorado nesta quinta-feira (25). O evento fez parte da programação “Julho das Pretas” e aconteceu no auditório do Titanic, no Centro de Vila Velha, em parceria com a prefeitura da cidade.

O encontro teve o intuito de evidenciar a luta da mulher negra por uma sociedade mais justa e igualitária. Na oportunidade, a vice-governadora, Jaqueline Moraes, falou sobre sua trajetória e destacou a importância da autoestima para a mulher negra. “Por ser mulher, nossos desafios já são muitos. Por ser mulher, negra e de periferia, nossos desafios triplicam. Além disso, na política, por ser um espaço extremamente masculino, as pessoas olham como se você não fosse competente. Eu passei por isso”, relatou.

A subsecretária de Estado de Políticas para as Mulheres, Juliane Barroso, falou da invisibilidade histórica da mulher negra. “É invisibilizada uma história marcada por muita resistência e força. Infelizmente, neste cenário atual que vivemos, esta história que nos traz tanta força tende a ser ainda mais invisibilizada. É por isso que na Sedh temos o compromisso de fazer diferente e promover a materialização dos direitos através da efetivação de políticas públicas para redução das desigualdades sociais”, destacou.

O gerente de Igualdade Racial da Sedh, Alexsandro Lopes, ressaltou que em primeiro lugar é preciso lutar contra o racismo enraizado. “Para criar e gerir as políticas de modo eficiente, é importante conhecer o racismo em detalhes, saber onde ele está, como ele atua e seus efeitos sobre as pessoas; lembrando que estas políticas precisam ajudar a superar outras desigualdades também”, pontuou.

A vice-governadora tratou ainda da importância de gerar oportunidades e apresentou o programa Agenda Mulher, um projeto que busca empoderar e dar visibilidade às mulheres por meio do empreendedorismo. “Nós como Governo temos que promover esses espaços de oportunidades, mas eles têm de ser ampliados: passar do debate para as ações, e das ações gerar novas ações”, enfatizou Jaqueline Moraes.

Já a conselheira do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Cepir), Yara Marina, destacou que a luta da mulher negra não deve ser menosprezada. “Há muitos anos a gente consegue as coisas com muita luta, e continuaremos a lutar pelo que é certo. O preto precisa de formação e de se inteirar mais sobre o que acontece dentro dos conselhos”, enfatizou. A conselheira do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Vila Velha (Compir), Meryciane Silva, comentou que a mulher negra incomoda muitas pessoas pelo posicionamento que ela assume. “As coisas são mais difíceis para a gente. No dia de hoje, a gente quer mostrar que fomos e ainda somos resistência”, disse.

Na ocasião, a vereadora Patrícia Crizanto ressaltou o evento como histórico e gratificante. “Muito bom ver a quantidade de pessoas reunidas aqui hoje para fazer valer a nossa voz. Temos nos reunido nesta data há alguns anos e isso tem feito e fará a diferença”, ponderou. Já a vereadora Dona Arlete destacou a representatividade da mulher negra nos espaços de poder.

“Nós somos em 17 vereadores, sendo três mulheres e duas delas negras. Até chegar aonde cheguei, ouvi muito que não conseguiria por ser negra e idosa, mas estou firme na luta. Não desanimem, lutem pelos objetivos de vocês. Tenho certeza de que todos aqui estão empenhados em lutar pela nossa raça”, completou.

Também formaram a mesa o secretário municipal de Governo e Coordenação Institucional de Vila Velha, Saturnino Mauro, e a coordenadora de Estudos Africanos, Afro-Brasileiros e Indígenas (Ceafri) de Vila Velha, Alessandra Machado Fonseca.

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