27/04/2019 18h17

Direitos dos indígenas foi tema do 3º Encontro do Ciclo Formativo promovido pela Sedh

Aproveitando o mês em que a luta e a resistência indígena é lembrada, os direitos dos índios foi o tema escolhido para o 3º Encontro do Ciclo Formativo em Direitos Humanos, promovido pela Secretaria de Estado de Direitos Humanos (Sedh). O palestrante convidado foi o Cacique Marcelo Guarani, da Aldeia Nova Esperança, de Aracruz. O evento aconteceu nesta sexta-feira (26), no auditório do Palácio da Fonte Grande, no Centro de Vitória.

A subsecretária de Estado Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos Humanos, Raiana Rangel, deu as boas-vindas a todos os presentes. “Este é um mês importante e bastante simbólico para os povos indígenas, então é uma honra e um prazer para nós receber o Cacique Marcelo Guarani que poderá compartilhar tanto conhecimento e histórias com a gente. Espero que todos tenham uma tarde bastante produtiva“, destacou.

Membro do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial, Edneia Conceição, afirmou, na oportunidade, que a formação é um momento de multiplicar o saber. “Agradeço a vocês a oportunidade de estar aqui para que possamos, juntos, absorver e multiplicar os saberes. Cada momento desse é um aprendizado”, disse.

Já a gerente de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Neiriele Marques, lembrou os outros encontros do Ciclo Formativo e falou da importância desses espaços de diálogo. “Já recebemos aqui o ex-ministro de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, e a cientista social Daniela Rosa, e damos início hoje à terceira palestra da formação. O objetivo é proporcionar a vocês, servidores e comunidade capixaba, conhecimento sobre a temática indígena e, assim, subsidiar uma atuação cada vez melhor nos órgãos públicos”, enfatizou.

Na ocasião, o Cacique Marcelo Guarani teve a oportunidade de relatar um pouco sobre a história da chegada dos índios em terras capixabas e sobre o território indígena no Espírito Santo. “Eu era garoto quando cheguei a Caieiras Velha, em Aracruz. Lá nos juntamos com os tupiniquins e, então, fomos para Brasília avisar que tinham índios no Espírito Santo, e passamos a lutar pela demarcação de nossas terras. A equipe da capital veio, fez um levantamento e a constatação. A partir daí a luta era conjunta, de guaranis e tupiniquins”, contou.

O palestrante relatou, ainda, que atualmente cada aldeia – são 12, no total – possui um limite de terras que tem que cuidar. “Estamos trabalhando na recuperação das nascentes e reflorestamento das matas, que sofreram degradação com o tempo. Temos também um projeto de educação ambiental e de trilhas ecológicas. É um benefício para o ser humano e para os animais”, ressaltou. Para finalizar, ele fez o convite para a visitação nas aldeias. “Temos o coral guarani, que canta na nossa língua, o artesanato, exposição de fotos, muita cultura e uma paz que o visitante não vai querer nem ir embora”, brincou o Cacique.

Estudantes universitários, socioeducandos do Iases, a presidenta do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher, Edna Calabrez, o músico e produtor cultural Fabio Carvalho também prestigiaram o evento.

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